Frederick Pohl
Marco A. M. Bourguignon
[O]s primeiros trabalhos de Pohl como editor foram na Astonishing Stories e na Super Science Stories no começo de 1940 até o final de 1941. Durante este tempo, publicou alguns trabalhos dando a si mesmo lugar de destaque no gênero. Depois se tornou editor-ajudante destas revistas até 1943. Durante a Segunda Guerra Mundial passou a atuar como agente literário. Não voltou a trabalhar como editor até que obteve um posto de ajudante de H. L. Gold, na Galaxy Science Fiction. Durante este tempo, continuou escrevendo com vários pseudônimos, algo que já fizera antes em colaboração com outros autores. Pohl logo ocupou o posto de diretor da Galaxy em 1961 e ficou ali até 1969, publicando também a revista IF durante o mesmo período de tempo. IF ganhou o prêmio Hugo de melhor revista três vezes seguidas, desde 1966 a 1968. Além de publicar revistas, publicou muitas antologias, algumas próprias e outra com trabalho de outros autores ao longo da sua vida. A história da contribuição escrita de Pohl ao gênero, remonta-se à sua relação com um grupo de fãs de ficção científica, os futurians, no final dos anos 30 e começo dos 40, que incluía membros como James Blish e Isaac Asimov, que tentavam formar uma base de fãs e fazer suas próprias carreiras. Publicou os seus primeiros trabalhos em forma de colaboração com os outros membros do grupo. Pohl compartilhou com C. M. Kornbluth os pseudônimos de: S.D. Gottesman, Scott Mariner e Dirk Wylie. Os dois também usaram nomes genéricos de Paul Dennis Lavond. Em 1978 Pohl escreveu The way the Future Was: A Memoir, uma autobiografia sobre os seus anos com os futurians. Uma vez que os futurians deixaram de trabalhar em grupo, Pohl continuou com as suas colaborações, trabalhando com a Judith Merril (sua terceira esposa), Joseph Samachson e Isaac Asimov. Também colaborou com Lester Del Rey com o pseudônimo de Charles Satterfield e Edson McCann num conto e numa novela respectivamente. Em outra colaboração, juntou-se a Williamson para produzir a série Juvenil Undersea, as novelas de Starchild, a Saga of Cuckoo, e as novelas land´s End e The Singers of Time. A colaboração que durou mais tempo foi o seu trabalho continuado com C. M. Kornbluth. Os dois escreveram juntos além do seu tempo de futurians, criando novelas e contos. Uma das suas novelas, publicadas com o seu nome real: The space merchants, é considerada por muitos como a primeira contribuição séria para a ficção científica. Após a morte de Kornbluth, Pohl publicou o seu último trabalho compartilhado, o conto: The Meeting, que apareceu na antologia Critical Mass e ganhou o Hugo. Como escritor independente, a obra de Pohl foi-se incrementando notavelmente ao longo da sua vida. As suas primeiras obras, escritas, a maior parte com outros autores e diversos pseudônimos, não tiveram grandes repercussão e nem grandes reconhecimentos. Mas as coisas mudaram com a publicação de The Space merchants em 1952. Nos anos seguintes, Pohl teve êxito no mercado de contos, causando impacto com seu estilo satírico em histórias como: The Midas Plague. Os contos de Pohl seguiram sendo o seu principal trabalho ao longo dos anos 50 e 60. Durante este período as suas novelas não tiveram tanto êxito como os seus contos: Slave Ship, Drunkard´s Walk e A Plague of Pythons, entre outras, não alcançaram o nível de qualidade que Pohl obtivera com a sua ficção curta. Os anos 70 veio o inevitável sucesso da narrativa de Pohl, uma ascensão que começou com as novelas curtas: The Gold at the Starbow´s end e The Merchants of Vênus. Em 1976, publicou uma das suas novelas mais importante, a ganhadora do Nébula: Man Plus, que tratava da adaptação da humanidade à vida em Marte colonizado. No ano seguinte, o primeiro da sua famosa saga heechee, apareceu Gateway (O portal estrelar). A história trata da exploração pela humanidade do universo, usando a tecnologia de uma raça ausente de extra-terrestres, chamados heechee. Gateway ganhou os prêmio Hugo, Nébula e o John W. Campbell. Os outros livros da série foram: Beyond the blue Event Horizon, Heechee Rendezvous, Annals of heechee e The Gateway Trip. Pohl causou impacto na Ficção Científica com as suas novelas e também criava grupos para tornar o mercado rentável. Serviu como presidente da Science Fiction Write of América de 1974 a 1976, e como presidente da World Science Fiction de 1980 a 1982. Diante da associação mundial, criou o Prêmio Karel, destinado a melhor tradução de uma obra de ficção científica, e também co-editou algumas antologias de obras relacionadas com a organização mundial de escritores. Nos anos de oitenta e noventa, Pohl continuou a fazer significativas contribuições, com as novelas: The Years of the City (uma história de New York do futuro), The World at the End of Time, Outnumbering the Dead e Mining the Oart. Em 1986, Pohl ganhou o seu segundo Hugo, o melhor conto com Fermi and Frost. Três anos depois, a sua influência na ficção científica já era evidente com a aparição de duas biografia, escrita por Gordon Benson JR e Phil Stephense-Payne. A novela The World at the End of Time é representativa dos trabalho que Pohl vinha desenvolvendo ao longo da sua carreira como escritor. Nesta história, os personagens humanos são parte de uma raça de exploradores e colonizadores, que viajam às estrelas na busca de novos lugares para colonizar. Em The World at the End of Time, trata de unir uma história épica com várias idéias científicas e temas sociais, achando um significativo nincho no gênero da FC. Estes elementos são representativos de uma nova forma de escrever de Pohl, podendo finalmente se dedicar totalmente a carreira de escritor. Ao longo da sua vida, Frederick Pohl fixo grandes contribuições ao gênero da FC. Além disso dos seus escritos, editou várias revistas de FC, foi agente literário, e líder de organizações criadas para o interesse dos escritores de FC. Também fixou significativos esforços para internacionalizá-la FC com a sua revista International Science Fiction e no seu trabalho na World Science Fiction. A sua própria obra no gênero (começada ao mesmo tempo que os grandes mestres) não foi aceitada tão rapidamente, mas gradualmente desenvolveu-se numa competente (e significativa) contribuição ao gênero. O impacto de Pohl na FC é evidente, mostrada no respeito que todo o mundo lhe tem no gênero (Asimov escreveu sobre ele na seu análise de ficção científica), e na sua presença em muitos livros. Bibliografía original: 1952 Space Merchants, The (como Cyril Kornbluth) 1979 Jem: The Making of a Utopia Séries: A Seqüência Eschaton Alguns livros publicados em Língua Portuguesa: Coleção Argonauta – Edições Livros do Brasil – Lisboa Coleção Nébula – Europa-América: O Homem mais (Man Plus)
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Frederick Pohl
Nasceu em 1919, no Brooklyn, Nova York, EUA.A sua biografia confunde-se com a própria identidade da Ficção Científica. Contribuiu de forma significativa como editor, agente literário e escritor. Em todas as áreas de atuação sempre foi decisivo em moldar o gênero como conhecemos hoje. Começou a escrever em importantes revistas na chamada “Idade de Ouro da Ficção Científica”, período compreendido entre 1938 a 1946
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